Janeiro Roxo destaca a importância da prevenção e do tratamento precoce da hanseníase no Brasil

by - sexta-feira, janeiro 14, 2022

 

Janeiro Roxo se destaca na prevenção e tratamento da hanseníase.

Olá amigos tudo bem?

O país é o segundo do mundo nos casos da doença que, apesar de ser a enfermidade mais antiga da história, desperta ainda hoje preconceito pela falta de informação e conscientização

Enfermidade mais antiga na história da humanidade, a hanseníase representa, ainda hoje, um problema de saúde pública no Brasil. Com o segundo maior número de casos do mundo, nesta última década o País ultrapassou 300 mil novos diagnósticos, ou 93% do total detectado nas Américas, de acordo com o Ministério da Saúde. Como forma de promover a prevenção e reverter estatísticas tão preocupantes, secretarias municipais de saúde de todo o Brasil, que disponibilizam o tratamento pelo Sistema Único de Saúde (SUS), mobilizam-se para realizar o Janeiro Roxo.

A campanha Janeiro Roxo tem o propósito de ampliar o conhecimento da população sobre a hanseníase, cujos primeiros registros na história da humanidade remontam a 400 a.C. Como doença tropical negligenciada e infectocontagiosa de evolução crônica, atravessou os séculos envolta em preconceito e estigmas.

“A hanseníase se manifesta principalmente por meio de lesões na pele e sintomas neurológicos, como dormências e diminuição de força nas mãos e nos pés”, afirma o dermatologista Dário Rosa. Segundo o médico, a transmissão se dá pelo agente Mycobacterium leprae ou bacilo de Hansen, por meio de contato próximo e prolongado entre as pessoas.

Os sinais mais evidentes da hanseníase, descreve o médico, são manchas claras, róseas ou avermelhadas no corpo, geralmente com diminuição ou ausência de sensibilidade ao calor, frio ou ao tato. “Também observamos caroços na pele, dormências, inchaços nas mãos e nos pés, formigamentos, entupimento nasal e problemas nos olhos”, completa.

Os especialistas classificam a hanseníase por graus. O grau zero é caracterizado pela ausência de sequela. No grau 1, o paciente perde a sensibilidade nas palmas das mãos e solas dos pés. No grau 2, são notáveis sequelas físicas graves.

Dos mais de 300 mil brasileiros diagnosticados com hanseníase na última década, pelo menos 7% estão no grau 2 e enfrentam sequelas físicas incapacitantes, como perda dos dedos, da ponta do nariz e deformidades nos pés e nas mãos.

Para a dermatologista Anelise Dutra, o Janeiro Roxo é de extrema importância para a detecção e o tratamento precoces da hanseníase. “Quanto mais cedo é diagnosticada, maiores as chances de cura e qualidade de vida para o paciente”, afirma. A médica destaca ainda a contribuição da campanha para reduzir o preconceito acerca da doença.

De acordo com Anelise, a hanseníase acometeu a humanidade por centenas de anos sem que houvesse tratamento e condenou os pacientes ao isolamento. Muitos foram confinados nos chamados “leprosários”. “Atualmente, com tratamentos eficazes, a doença deixa de ser transmissível e o paciente não precisa se afastar de sua rotina. Mas é preciso urgência para diagnosticar e iniciar os procedimentos para se chegar à cura”, avalia.

 

Sigilo agora é lei

A Lei nº 14.289/2022, sancionada no dia 3 de janeiro, determina a preservação do sigilo sobre a condição de infectados pelos vírus da Aids (HIV), hepatites crônicas (HBV e HCV) e pelas pessoas com hanseníase e tuberculose, pois representam barreiras sociais que impedem as pessoas de desfrutarem a plena cidadania.

A proposta da lei considera que as discriminações ocorrem a partir do momento em que a condição de saúde é conhecida. Isso interfere no desempenho profissional e também em outras atividades da vida pessoal.

Fica as informações pra você

Até o Próximo!

Beijos!

Lucimar





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6 comentários

  1. Oi, Lucimar
    Tudo bom?
    EU não sabia que janeiro era considerado o mês de tratamento da hanseniase. Gostei muito do seu post.

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  2. oi!
    Parabéns pelo artigo,essa campanha é super importante e serve de alerta

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  3. Oi Lu, tudo bem? Nossa, não tinha ideia que janeiro era para conscientização dessa doença. Ouvimos falar um pouco no colégio mas nada muito aprofundado. Creio que seja importante saber para agirmos de maneira correta frente a algum caso. Obrigada pelas informações. Um abraço, Érika =^.^=

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  4. Ótimo artigo Lucimar, bom saber que algumas coisas estão sendo obrigado sigilo, isso vai ajudar a diminuir o preconceito!

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  5. Oi Lucimar, tudo bem?
    Nossa, você me deixou com medo agora. Eu nunca parei para me informar sobre essa doença e fiquei assustada com o que pode causar. E também não sabia sobre o janeiro roxo. Você arrasou trazendo essa divulgação tão importante. Parabéns!
    beijinhos.
    cila.

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  6. Lucimar que legal sua iniciativa de trazer em pauta este assunto que sinceramente ouvimos muito pouco falar talvez seja por este motivo o descobrimento tardio dos brasileiros afetados.

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