Saúde toda vida

by - sexta-feira, junho 03, 2011

"Filhos? Melhor não tê-los! Mas se não temos, como sabê-los?" Quase todo mundo conhece o início do Poema enjoadinho, de Vinicius de Moraes, mas nem todos o leram até o fim. O poeta-que provavelmente era pai recente quando escreveu- se derrete e diz que, apesar do trabalho que dão, se não tivemos filhos, como saber/ que macieza/ nos seus cabelos/ que cheiro morno/ na sua carne/ gosto doce/ que coisa linda/ que os filhos são!".
Os pais sabem que é exatamente assim: criança exige cuidados e atenção constante, mas não há coisa igual- e tudo fica ainda melhor quando ela é saudável, bem nutrida, equilibrada e feliz.
Para os pais o que importa é saber se estão fazendo tudo direito, a começar pelos cuidados com a saúde e a alimentação. Aprendemos que a boa alimentação é a base para o desenvolvimento saudável, mas as dúvidas de uma mãe parecem intermináveis. Será que o bebê ainda está com fome? Por que ele come tão pouco? É claro que não existem respostas prontas, sob medida para cada filho. O que se pode fazer é buscar informações confiáveis - a começar pelo pediatra - , usar o bom senso, nunca se descuidar de tudo o que envolve dentemente, não poupar carinho e estímulo.
 
 
ALIMENTAÇÃO SEM ERRO:
No início, não há como errar amamentação é a palavra mágica, o presente da natureza a mães e filhos, capaz de gratificar profundamente a ambos, a partir dos 6 meses de vida, a dieta do bebê já pode incorporar sucos e papas de frutas e legumes e cereais, numa transição para a alimentação mais sólida. Os cuidados necessários nessa etapa devem se concentrar na qualidade dos alimentos e na forma de preparo, para que não ocorra nenhum tipo de contaminação.
Em seguida, acrescentam-se ao cardápio as refeições salgadas, que devem ser ainda pastosas e com pouco tempero. Em geral, nessa fase de transição esses alimentos completam a dieta da criança, na qual se recomenda manter a amamentação até o segundo ao de vida. Com a introdução de receitas mais sólidas, entram em cena a mastigação e a necessidade de variar a consistência, os sabores e as texturas dos alimentos oferecidos.
Nessa fase, é comum que as mães se queixem da falta de apetite do filho, que pode ocorrer por diferentes motivos, entre os quais até mesmo a oportunidade de "chamar atenção", quando a criança percebe a importância que os pais dão á refeição. Porém, é bom lembrar que a falta de apetite também pode indicar um desequilibrio orgânico - e se a criança recusar sistematicamente os alimentos é hora de procurar o pediatra.
 
 
DESCOBRINDO O MUNDO:
Chega enfim o momento de grandes mudanças: aos poucos, o filho começa a falar, a andar, a se interessar pelo ambiente que o cerca e a manifestar preferência por determinados alimentos e repúdio por outros. Logo estará na pré-escola, quando, inevitavelmente, começam a aparecer as guloseimas preparadas e servidas longe dos olhos dos pais. Nessa idade, desenvolve-se uma série de funções de natureza física, cognitiva e motora, e a nutrição adquire importância vital como meio de prevenir doenças e promover o desenvolvimento saudável.
Como é praticamente impossível manter um controle rígido, os nutricionistas concordam que a saída é a moderação: sem rigor excessivo em relação a doces, balas, chocolates e refrigerantes, mas sem total permissividade. Isso significa estabelecer limites e autoridade, o que vale para o comportamento da criança de modo geral, e não só quanto á alimentação.
É nessa fase que se estabelecem hábitos - e os bons exemplos devem começar em casa, como um modelo a ser seguido. Dentro do possível, a família deve fazer as refeições em conjunto, em ambiente adequado, e adotar um cardápio diversificado, com lugar para frutas, legumes, verduras, cereais e outros alimentos nutritivos e de boa qualidade.
Recomendações nutricionais para que a criança experimente novos sabores e se alimente adequadamente em casa e na escola:
 
 
ALMOÇO E JANTAR:
Juntamente com o café-da-manhã, são as refeições mais importantes. Tente fazer pelo menos uma delas com toda a família reunida, com um cardápio variado e equilibrado, que estimule o pequeno a experimentar novos sabores e a descobrir os alimentos. Evite tevê ou leitura, para a acriança mastigar adequadamente e prestar atenção aos sabores e texturas dos ingredientes.
 
 
CAFÉ DA MANHÃ:
Reposição das energias no longo período de jejum noturno, o café-da-manhã ganha importância ainda maior para as crianças, que estão em acelerado processo de crescimento. Ofereça leite ou derivados (queijos e iogurtes), frutas, sucos, cereais, pão ou torrada. Se a criança reclamar que não tem fome, veja se não é o caso de antecipar os horários do jantar e do lanche noturno. Pular o café da manhã pode criar um círculo vicioso a criança sente muita fome no meio da manhã, exagera em alimentos muito calóricos, perde a fome no almoço, exagera no meio da tarde, perde a fome no jantar.
 
 
ESCOLA:
A alimentação equilibrada garante aos pequenos melhores condições de assimilar ensinamentos. Se a escola oferece merenda, procure saber se acriança estará recebendo frutas, legumes e verduras, para a formação de bons hábitos alimentares. Quando aos lanchinhos na cantina, use de bom-senso: sem rigor excessivo, mas sem total permissividade.
 
 
ESPORTE:
A refeição antes do esporte deve conter principalmente carboidratos. Idealmente, deve ser feita três horas antes de qualquer atividade. Para a criança que pratica esporte no início da tarde, um exemplo é o seguinte: café da manhã reforçado, lanche no meio da manhã (barra de cereais, frutas com a banana ou iogurte) e almoço leve. Depois do esporte, opte por um lanche variado e no jantar inclua carne ou peixe e vegetais, além do arroz com feijão
 
 
AMAMENTAÇÃO: NÃO HÁ NADA IGUAL
O leite materno é um alimento completo, ideal para o bebê desde o nascimento, pois possui carboidratos, proteína, gordura de fácil digestão, enzimas, vitaminas e minerais. Além de nutrir, fornece fatores de proteção imunológica, tornando o bebê mais resistente a doenças - e não custa dinheiro, é bom lembrar. O próprio ato da amamentação fortalece os músculos da boca e da face do recém-nascido. Portanto, o leite materno deve ser o alimento exclusivo nos seis primeiros meses de vida, devendo ser mantido até os 2 anos, ao mesmo tempo em que introduzem outros alimentos.
Para a mãe, o leite é uma experiência enriquecedora, capaz de criar vínculos ainda mais fortes com o filho. É muito gratificante acompanhar o desenvolvimento do bebê, dia a dia, graças ás qualidades do leite materno. As vezes, a vontade e a expectativa de amamentar podem causar ansiedade na mãe e prejudicar o aleitamento nos primeiros dias. É importante deixar a pressão de lado e conversar com o pediatra. Na maioria dos casos, o leite acaba fluindo naturalmente, e se isso não ocorrer também não há motivo para preocupação.
Contudo, caso o aleitamento materno seja de alguma forma comprometido, a mãe deve seguir seguir sempre
as orientações do médico para a alimentação do bebê.
 
 
ESTÍMULOS E ESPORTES
No período escolar, a criança também começa a socialização com colegas de sua idade, e é natural que ocorrem mudanças de comportamento. Em constante movimento e com uma inesgotável curiosidade a respeito de tudo, o filho passa a se sentir mais independente, ao mesmo tempo em que é mais suscetível á influência dos amigos. É a hora de incentivar ainda mais os hábitos que podem se tornar perenes, como o gosto pela leitura, pela música e pelas atividades físicas.
É senso comum que o esporte ajuda a preparar a criança para os desafios da vida, a evitar a obesidade e a tornar o corpo mais forte e saudável. As aulas de educação física são particularmente importantes, tanto para a boa formação corporal quanto para a asocialização e a disciplina.
A prática de esportes, por sua vez, não deve representar sacrifício ou obrigação. Deve ser divertida e prazerosa, sem pressões ou excesso de competitividade. O ideal é estimular a criança a praticar uma modalidade na qual mostre habilidades, a fim de reforçar sua auto-estima e evitar frustações.
Por outro lado, a prática esportiva aumenta significativamente as necessidades de nutrientes. Por isso o cardápio requer cuidados especiais, a começar por um café-da-manhã completo, com leite, frutas, sucos e cereais. O leite e seus derivados  constituem uma importante fonte de cálcio e proteína e podem ser oferecidos em pelo menos quatro porções ao dia, na forma de queijos e iogurtes, nos lanches no meio da manhã e á tarde.
Almoço e jantar devem ser bem balanceados, com destaque para alimentos ricos em proteína, com leite, carnes e ovos. Ao longo do dia, a criança esportista deve beber muito líquido, de preferência água, sucos ou leite, para se recuperar as perdas. Os sucos de frutas cítricas, como laranja, limão e acerola, contêm a dose necessária de vitamina C, enquanto alimentos como a cenoura são ricos em vitamina A. Cereais integrais fornecem vitaminas B1 e B2, a manteiga e a gema de ovo suprem as necessidades de vitamina D.
A tendência de pais cuidadosos é exagerar na preocupação com o desenvolvimento dos filhos. Isso é natural, mas há que se levar em conta que o mundo mudou, a maioria das mães trabalha fora de casa e as crianças recebem uma quantidade muito maior de informações do que as gerações anteriores. A realidade é que os filhos crescem e começam a voar sozinhos.Mas a gente com certeza vai passar a vida repetindo:"Que coisa louca/que coisa linda/que filhos são!.
Fonte da Revista Nestlé

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1 comentários

  1. Post bem sintetizado e explicado.Uma utilidade pública,como sempre!
    Bjs,Lu!Um excelente FDS para ti.Parabéns pelo blog,a cada dia com mais conteúdo.Dani.

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